O “Dia Nacional da Visibilidade Trans” é comemorado neste domingo (29), mas uma série de ações estão sendo realizado até este fim de semana dentro da programação da décima edição da Semana Nordestina da Visibilidade Trans, que é promovido pela AMOTRANS (Articulação e Movimento para Travestis e Transexuais de Pernambuco). A programação contempla ações de concientização, festival de cultura e até bloco carnavalesco. A edição deste ano homenageia Rayanne Romanelly, que atua na luta desde 2009 e hoje é responsável por coordenar as atividades sociais da AMOTRANS.
A programação a Semana Nordestina da Visibilidade Trans teve início no dia 22 com o espetáculo “As Dinossauras”, no Teatro Apolo, e no dia 23, no Centro de Referência LGBT do Recife, com a inauguração da galeria “Memória Pernambucana”. Até esta sexta-feira (27), nas ruas do Recife e Camaragibe, será realizada ação de conscientização e divulgação da campanha “Respeito Transforma Vidas”. Neste sábado (28), será realiado o Festival de Cultura, no Pátio de Santa Cruz, a partir das 17h, com apresentações de grandes artistas da comunidade LGBT e a entraga do prêmio Jessica Taylor a Raquel Simpson e Marcelino Diaz, pela atuação na cultura do estado. E encerrando a programação, no domingo (29), em Caruaru, o Bloco Divinas Divas, levando muita alegria e descontração para o público do agreste pernambucano.
O Dia da Visibilidade Trans é uma forma de trazer para o centro da sociedade o debate sobre nossas existências, que tem sido historicamente tão marginalizadas. É uma forma de legitimar enquanto pessoas e fazer com que os corpos ocupem espaços que por muito tempo foram negados. A data existe desde o 29 de janeiro de 2004, quando travestis e transexuais foram ao Congresso Nacional reivindicar dos parlamentares políticas de equidade e lançar a campanha nacional “Travesti e Respeito”, que acabou se tornando a primeira organizada por e para pessoas trans com foco na promoção do respeito e da cidadania. Apesar da data exata ser no dia 29, o mês inteiro é marcado por ações com esse foco.
SOBRE A AMOTRANS
A AMOTRANS (Articulação e Movimento para Travestis e Transexuais de Pernambuco) atua no estado desde 2008, quando foi fundada por quatro travetis (Aleika Barros, Glaycieanne Andrade, Francine Correia e Elaine Fênix), que se motivaram a criar a instituição vendo a situação que o Estado estava, ocupando o 5° lugar no Brasil em casos de assassinatos de pessoas LGBT, principalmente de travestis e transexuais. Uma organização não-governamental sem fins lucrativos que defende os Direitos Humanos de pessoas travestis e transexuais, levando em consideração a vulnerabilidade e contexto sociopolítico dessa população.
via assessoria