Parece que o episódio “tatuagem no toba” de Anitta ainda está muito longe do fim. Para quem não sabe como tudo começou, basta lembrar que o cantor Zé Neto abriu o berreiro dizendo o seguinte: “Nós somos artistas que não dependemos de Lei Rouanet, o nosso cachê quem paga é povo, a gente não precisa fazer tatuagem no ‘toba1 pra mostrar se a gente tá bem ou não, a gente vem simplesmente aqui e canta”, com isso se instaurou um verdadeiro inquérito contra os sertanejos, para saber a origem de seus cachês milionários. Resultado: não sobrou pedra sobre pedra.
“Nunca me beneficiei de dinheiro público ou empréstimo de tal coisa ou algo do tipo. A minha vida foi sempre trabalhar. No ano de 2019, eu fiz quase 300 shows. Somos uma equipe gigantesca de colaboradores, de funcionários, de pessoas que nos ajudam a cada dia a subir mais um degrau da escada e, de forma sincera, eu não compactuo com dinheiro público. Sou um cara que tenho meus impostos em dia, até de uma caneta que eu compro eu pago imposto.” Declarou o cantor numa live em seu perfil oficial no instagram.
Ele afirmou que já foi contratado por prefeituras para realizar shows, mas declarou que cobra um valor padrão por seus shows. “Acho que todos os artistas já fizeram ou fazem shows de prefeituras. Isso é sobre valorizar a nossa arte. Se a única coisa que a gente tem para vender é a nossa música, é a nossa voz… a gente ganha dinheiro com isso, a gente paga as nossas contas com isso, a gente coloca comida na nossa mesa através do nosso talento, da nossa carreira. Não só da minha mesa, mas na de mais de 500 funcionários que dependem do Gusttavo Lima para sustentar suas famílias”, disse. “Não é porque é uma prefeitura que vou deixar de cobrar meu valor até porque eu tenho conta para pagar. Quando o boleto chega no final do mês, não tem choro.”
O cantor continuou dizendo que não é porque ele é músico que “não deve receber um valor significativo e justo” por seu trabalho. “Faço pouquíssimos shows de prefeituras e quando faço às vezes faz algum, sou massacrado como se fosse um bandido, como se fosse um ladrão que tivesse roubando dinheiro público. Não é assim, gente, sou um trabalhador normal, igual a todos vocês”, enfatizou Gusttavo, que também contou que essa polêmica tem o prejudicado emocionalmente e fisicamente. Durante o desabafo, o artista negou que se posicionou politicamente em um show. “Sou um cara que não falo de política mais, porque acho que tudo o que está acontecendo é sobre ano eleitoral e vale tudo.” Sentindo-se perseguido, ele confessou que tem hora que pensa em desistir da carreira artística: “Não sabia que ser bem sucedido no Brasil traria tanta inveja, tanta coisa ruim. Às vezes, dá vontade de sumir para ver se essa perseguição em cima de mim acaba”. No fim da live, o artista chorou ao dizer que não é um bandido. “Aqui não existe um criminoso, existe um cara honesto que trabalha para caralh*”, finalizou.
Você concorda com a atitude do Gusttavo? Ou acredita que ele deveria cobrar valor menor?
Por Dieguito C. Melo/ Jovem Pan