Crítica: Readleys

Sabe aquela sensação de começar um filme sem grandes expectativas e, de repente, ser completamente fisgado já nos primeiros minutos? Os Readleys é exatamente esse tipo de surpresa. A trama acompanha uma família marcada por uma “maldição” — ou, quem sabe, uma bênção — que os transforma em vampiros, mas de um jeito que foge completamente dos clichês do gênero.

Se você espera um romance açucarado repleto de dramas adolescentes previsíveis, é melhor procurar outra opção. Aqui, a história se desenrola de forma mais madura, abordando os dilemas da vida adulta, os desafios da adolescência e as complexidades das relações familiares. Os dentes afiados e a sede por sangue são apenas um detalhe a mais em uma narrativa que se sustenta por si só.

O filme quebra estereótipos e constrói uma mitologia própria, rica o suficiente para sustentar possíveis continuações. Fica claro que, quando bem trabalhado, o universo vampiresco ainda tem muito fôlego no cinema, especialmente quando se afasta das abordagens convencionais e se reinventa sob novas perspectivas.

Apesar disso, algumas atuações deixam a desejar, flertando ocasionalmente com o exagero e a caricatura. No entanto, esses deslizes não chegam a comprometer o brilho da trama. Com um investimento um pouco mais robusto, Os Readleys poderia facilmente deixar de ser apenas uma obra passageira e conquistar um lugar de destaque entre as grandes produções do gênero.

Vale a pena assistir nos cinemas, contudo, vá de preferência em dias de promoções.

Nota 6

Por Dieguito C. Melo