Crítica: O Auto da Compadecida 2 – A essência continua a mesma

Sabe aquele tipo de humor de novela das seis com uma pitada de “safadeza”? Você vai encontrar exatamente isso aqui, e, acredite, não é algo ruim. O Auto da Compadecida 2 consegue cumprir tudo o que prometeu nos trailers e ainda surpreende ao trazer um momento inesperado e especial no longa.

Muitos podem questionar a necessidade dessa sequência, e é verdade que várias continuações por aí não agregam nada às nossas jornadas. Mas, felizmente, esse não é o caso.

O filme traz a nostalgia de mãos dadas com o elenco, que se torna um dos maiores atrativos da história. Mesmo sem apresentar algo radicalmente novo, o longa faz bem o dever de casa, chegando até a flertar com a ideia de uma possível continuação.

João Grilo e Chicó continuam com uma presença de cena insuperável. Eles poderiam tranquilamente protagonizar uma série dominical só deles, porque ninguém se cansa das mentiras de Chicó e das artimanhas de Grilo.

Entre os destaques do elenco, Eduardo Sterblitch brilha ao divertir sem parecer forçado, enquanto Taís Araújo cativa com uma atuação que transmite paz, carinho e cuidado em cada momento na tela.

Embora o filme se apoie fortemente nos elementos que fizeram sucesso no primeiro longa e demonstre certo receio em ousar, O Auto da Compadecida 2 certamente lotará as salas de cinema brasileiros. É bem provável que supere a bilheteria do anterior e, quem sabe, se torne a base para um terceiro “conto” em Taperoá ou até na Capital.

O que incomoda:

  • O uso excessivo de CGI.

  • Algumas cenas soltas que poderiam ser facilmente cortadas.

O que faz valer a pena:

  • Rever os amigos Chicó e João Grilo.

  • Rir de maneira leve e espontânea.

  • O clima irresistível de nostalgia.

Separe sua pipoca e vá assistir sem maior preocupação a não ser uma: relaxar e se divertir muito.

Por Dieguito C. Melo

Nota 6

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