Como falar de *Coringa: Delírio a Dois sem parecer que você enlouqueceu junto nos primeiros minutos da obra? Com um orçamento de 200 milhões de dólares, “Delírio a Dois” está mais louco que o próprio Coringa, arrecadando até o momento apenas 164 milhões mundialmente.
De acordo com a Variety, a Warner já sentiu o impacto e vai liberar o filme no streaming em 29 de outubro, pois o público nos cinemas não deu as caras e, ao que tudo indica, não dará mais. Na sessão assistida pela nossa equipe, as expressões de decepção no final explicam por que o filme sairá de cena de maneira vergonhosa.
A previsão de prejuízo? Entre 150 e 200 milhões de dólares. Ou seja, “Delírio a Dois” está concorrendo ao prêmio de “maior mico do ano”, especialmente considerando o hype gigante e o personagem icônico.
Agora, surge uma pergunta na cabeça de qualquer pessoa que assiste: o que levou Todd Phillips a promover uma mudança tão drástica em algo que funcionou tão bem no primeiro filme? E por que incluir tanta música? Parece literalmente que há uma canção para cada tragada.
Esses questionamentos colocam esta continuação em um patamar questionável. Era mesmo necessária? O sorriso se transformou em lágrimas, o que é uma lástima, pois, sem o “apelo” musical muitas vezes fora de contexto, havia elementos suficientes para que Delírio fosse, ao menos, bom. No entanto, isso não aconteceu, e o filme se tornou apenas algo esquecível e você sente cada segundo passando nas telonas.
O nome dessa continuação, inclusive, deveria ter sido: Delírio a Três — do Coringa, da Arlequina e de quem se atreve a assistir. Infelizmente o diretor pareceu mais preocupado em criar uma coletânea musical do que uma obra-prima.
Nota 3
Por Dieguito C. Melo
Apoio UCI Cinemas