Crítica: Branca de Neve

Quando a Disney decidiu investir na produção de live-actions de seus filmes clássicos, estava ciente dos riscos envolvidos nessa escolha. Algumas obras são atemporais, enquanto outras geram debates delicados. Branca de Neve é um desses casos.

Se você busca fidelidade à história original que deu origem ao clássico, é melhor deixar essa expectativa de lado e estar aberto a uma experiência voltada para o fanservice, com mudanças e adaptações alinhadas aos tempos atuais. Isso deveria ser uma preocupação? De forma alguma. Inovar é sempre positivo, e não há necessidade de se prender rigidamente à obra. No entanto, na maioria das vezes, o público espera ver exatamente aquilo que foi apresentado no passado, e aqui, isso pode se tornar um grande problema.

Gal Gadot está na adaptação, mas parece ter assinado contrato apenas para alguns minutos de tela. Sua atuação está aquém de seu talento e merecia um destaque maior, especialmente para transmitir o medo que a Rainha Má inspirava. Na versão 2025, o que vemos da vilã é algo tenebroso, em certos momentos, o espectador pode até sentir vontade de acolhê-la com carinho ou quer sacudir para ver se ela sai do marasmo existente nela.

Rachel Zegler se encaixa em sua personagem de forma neutra: cumpre seu papel, mas sem grandes destaques. Já os sete anões, alvos de polêmicas antes do lançamento, parecem estar ali mais como uma solução para um problema do que como uma parte essencial da trama.

Para quem deseja um filme colorido, musical e visualmente encantador, Branca de Neve é um prato cheio. Apesar de todas as controvérsias, vale a pena assistir, nem que seja para tirar suas próprias conclusões. Apenas não se esqueça: a intenção não é agradar o público adulto acima dos 30 anos, mas sim atrair as crianças para o universo mágico da Disney.

Nota 5

Por Dieguito C. Melo

Revisado por José Carlos da Silva / IA

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