Viver uma nova cultura, adquirir fluência em língua estrangeira e estudar em instituições de renome internacional são as principais motivações para estudar fora do Brasil
Estudar no exterior é um desejo comum entre jovens brasileiros em busca de uma experiência acadêmica enriquecedora e multicultural. Segundo o relatório “Diversify with Data: Insights for Higher Ed Institutions”, baseado em números da UNESCO, atualmente há cerca de 88 mil brasileiros estudando fora do país.
Flávia Lima, 19 anos, estuda um duplo bacharelado em Business e International Studies na Universidade do Missouri, nos Estados Unidos, desde 2022 e conta que desde cedo já sabia que queria estudar fora. “Enquanto meus colegas estudavam para o Enem, eu estudava para isso, praticava inglês e pesquisava sobre as universidades”, lembra.
Canadá, Estados Unidos, Portugal, Austrália e Reino Unido são os destinos mais procurados por intercambistas brasileiros, mas, para Jazz Siqueira, conselheiro do Villa Global Education para aplicações em universidades no exterior, às vezes é preciso conduzir o estudante para outras possibilidades. “Eu apliquei para cinco universidades e fui aceita em três”, conta Flávia, ex-aluna do Villa.
Desde a escolha do país e da instituição de ensino até a realização de exames de proficiência e preparação dos documentos, cada passo exige atenção e comprometimento. Embora cada universidade tenha seus critérios e prazos, as principais etapas do processo de seleção são semelhantes. Confira abaixo um resumo.
Etapa zero: Autoconhecimento
Faça uma análise pessoal e reconheça suas potencialidades antes de escolher o curso e a instituição.
Etapa um: Escolha as universidades
Eleja para quais instituições deseja aplicar. É recomendado se candidatar a pelo menos três universidades: a faculdade dos sonhos, uma de possível alcance e outra cuja aprovação seja mais segura. Critérios como clima, cultura e custo de vida também devem ser levados em consideração.
Etapa dois: Carta de motivação
A carta de motivação é o espaço para contar quem é você e porque deseja integrar a comunidade acadêmica. Em cerca de 650 palavras, é importantíssimo saber apresentar suas intenções. Invista no storytelling! Esse também é um bom espaço para mostrar que você conhece o programa curricular da universidade.
Etapa três: Três cartas de recomendação
Vale convidar professores, orientadores acadêmicos e até mesmo pessoas de fora da comunidade escolar – um padre, por exemplo, se você é da igreja. O que importa é que seja uma pessoa que te conheça no dia a dia e possa escrever uma carta de cerca de uma página que não se resuma a elogios, mas tragam situações que permitam aos examinadores te conhecerem melhor.
Etapa quatro: Exames de proficiência acadêmica
Uma espécie de “Enem” para universidades estrangeiras que testa o conhecimento de línguas com interpretação de texto e o conhecimento de matemática com raciocínio lógico. Os mais comuns são o SAT e o ACT. Boas notas nesses exames garantem bolsas!
Etapa cinco: Exame de proficiência em língua estrangeira
Recomenda-se realizar pelo menos duas provas: uma primeira para medir o desempenho antes de realizar o exame, como um diagnóstico, e outra para atingir uma colocação melhor. Os exames mais aceitos pelas universidades são o TOEFL, Duolingo English Test (DET) e o Exame de Cambridge.
Etapa seis: Envio de documentos para as universidades
A parte burocrática não poderia faltar. Os documentos podem variar de uma universidade para outra, mas itens como histórico e perfil escolar, GPA, passaporte, visto e seguro saúde são quase sempre obrigatórios.
Etapa sete: Entrevista
Nesta etapa você já está praticamente dentro! Além de controlar o nervosismo, o desafio dessa fase é ir além da fluência, desenvolvendo uma oratória própria e persuasiva.
via assessoria