Camarote Brahma promove treinamento para combate à disciminação

Banheiro sem gênero e sala de acolhimento para mulheres são algumas das iniciativas do camarote para este carnaval

Camarote Brahma ofereceu hoje (15) para seus colaboradores um treinamento focado no acolhimento à diversidade com a proposta de combater o assédio e a discriminação nas instalações. A atividade teve início com a fala do jornalista e ativista LGBTQIAPN+ Genilson Coutinho e seguiu com a apresentação de Ana Addobbati, criadora da Livre de Assédio e pioneira no Brasil na criação de protocolo de segurança para eventos e empresas.

A principal dificuldade é conscientizar de forma sistêmica, desde quem tá proporcionando a festa até os seguranças. O Camarote Brahma está se preparando de forma estratégica e profunda para receber a diversidade, passando desde uma sensibilização sobre o tema até um treinamento protocolar para garantir que qualquer situação que ocorra no ambiente da festa seja endereçada da forma mais pertinente possível”, comenta Ana.

Além da palestra, o encontro também contou com anúncios sobre novos espaços do camarote dedicados ao acolhimento de mulheres e pessoas LGBTQIAPN+. Neste ano, por exemplo, além dos banheiros masculinos e femininos, haverá também banheiros sem gênero para uso mais confortável de pessoas de identidades de gênero dissidentes.

Estamos treinando a nossa equipe porque já existe essa demanda e acho que essas mudanças vão acontecer de forma muito natural. Nosso camarote sempre foi um camarote muito diverso, então a gente se prepara para atender todo mundo”, conta Clara Peruna, gestora de projetos do Camarote Brahma. “Levando esse debate para dentro da empresa a gente tá criando uma outra cultura, a cultura do respeito”, conclui Genilson.

Outra novidade é a sala de acolhimento, que oferece descanso e privacidade para mulheres que estejam vulneráveis ou se sintam intimidadas, além de registrar e orientar casos de assédio. A sala conta com uma psicóloga e um advogado para escuta e suporte em um espaço seguro. Além da sala de acolhimento, o camarote também dispõe de QR Codes em todos os ambientes para que mulheres possam pedir auxílio de qualquer lugar.

Pela primeira vez trabalhando num camarote, Gabriel Adorno demonstra confiança e entusiasmo para trabalhar com atendimento ao público focado na diversidade. “Acredito que, quando for necessário intervir, vou saber abordar. Saber como falar, o que falar… Tô muito feliz e orgulhoso de fazer parte desse projeto”, relata. Ao todo, cerca de 300 pessoas passaram pelos encontros e treinamentos do Camarote Brahma, entre gestores, seguranças, brigadistas, produção, limpeza e operadores de som e luz.

via assessoria